Modelos de projeção sismográfica para desmontes de rocha com explosivos consistem em importante ferramenta no controle de vibrações no contexto de proteção ambiental. Uma vez definido, o modelo irá permitir determinar a carga máxima por espera mais indicada para se atender a um dado limite de vibração.

Para que o modelo de sismografia seja representativo dos níveis de vibração gerados pelo padrão de desmonte de rocha de um dado empreendimento, é necessário que dois elementos principais sejam considerados:

• O padrão de desmonte de rocha (o projetado e o executado) comumente empregado na cava em questão;
• As características geomecânicas intrínsecas da respectiva cava e de seu entorno.

Em um primeiro momento, pode não haver, necessariamente, a necessidade de se analisar os detalhes do plano de fogo e os detalhes das características geomecânicas da área de interesse, e sim de quantificar a influência do padrão de desmonte e das características geomecânicas da cava e do seu entorno na geração e propagação sísmica do cenário em avaliação. Tal quantificação pode vir a ser obtida a partir de registros de campanhas de monitoramento sismográfico. Por isso, é essencial que as modelagens de vibração de desmontes de rocha sejam determinadas a partir de resultados de monitoramento sismográfico.

O resultado de monitoramento sismográfico mundialmente empregado em estudos ambientais para controle de vibração em estruturas é o parâmetro PPV (velocidade de partícula de pico), que indica o maior valor dentre todos os valores obtidos nos três eixos ortogonais de medição (vertical, longitudinal e transversal). Não há especificidade com relação a esse parâmetro, visto que os sismógrafos comerciais (equipamentos de medição de níveis de vibração) são normalmente configurados para fornecer essa informação. No entanto, atenção deve ser tomada com relação à localização dos pontos de monitoramento: considera-se que, no geral, devam estar localizados próximos à estrutura a ser protegida – caso de edificações, cavernas, tubulação de óleo/gás etc.

O modelo projecional a ser construído deve ser capaz de gerar resultados que sejam representativos dos níveis de vibração emitidos pelos desmontes de rocha executados na cava em questão. As questões que naturalmente aparecem nesse caso são: como avaliar então se o modelo projecional é realmente apropriado? Quão confiáveis serão os resultados a serem gerados pelo modelo? Qual a representatividade dos níveis de vibração produzidos pelo modelo com relação aos emitidos pelos desmontes da respectiva cava? As respostas a essas questões são determinantes para o sucesso do planejamento de lavra no controle das emissões de vibração, e podem ser obtidas por meio de análise estatística de dispersão de dados.

Estudo de Caso: em um estudo recente, desenvolvemos o modelo de projeção sismográfica à operação de desmontes de rocha de uma cava no qual os resultados de monitoramento sismográfico vinham se mostrando bastante dispersos – resultando em um modelo de fraca representatividade. A partir da análise desses resultados foi possível direcionar a linha de ações a serem tomadas. Adequações implementadas de maneira precisa e pontual permitiram readequar o projeto e a execução dos planos de fogo da mineradora. Como resultado, houve significativa redução da dispersão dos níveis de vibração gerados pelos desmontes, refletindo no aumento da representatividade do modelo de projeção sismográfica, tornando mais eficiente o controle das emissões de vibração.

Para maiores informações sobre modelagem e controle de vibração de desmontes de rocha, agende uma visita ou entre em contato conosco por email (contato@eloambiente.com.br) ou pelo telefone (31) 3194-8289.